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A Casa da Cabrita

A saga da (recente) maternidade, da (não tão recente) emigração, de uma relação intercultural e do caos que é viver entre Portugal e a Alemanha.

A Casa da Cabrita

A saga da (recente) maternidade, da (não tão recente) emigração, de uma relação intercultural e do caos que é viver entre Portugal e a Alemanha.

The One With The Girls

Rita, 30.10.16

Hoje acordei um bocado mal disposta. A massa com queijo não me deve ter caído muito bem e de manhã saiu toda por onde não devia. E estava com uma enxaqueca. Estava o ambiente perfeito para passar o domingo de pijama, no quentinho da cama a ver séries. Mas depois as Erasmus Girls acordaram e quiseram ir à East Side Gallery e ao Mauer Park, terminando numa noite de cinema e panquecas. Não me apetecia muito mas, sendo um dia (super raro!) de Sol, achei parvo não aproveitar o final de tarde com elas. E ainda bem que fui. Foi rir, foi passear, foi comer, foi muito muito bom para me preparar para uma semana cheia de trabalho. E acho que as fotografias falam por si.

 

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No Bed Bugs Zone

Rita, 22.10.16

Chegou ao fim a batalha contra os bed bugs, ou assim o espero. Já pude voltar ao meu apartamento, arrumar a mobília, colocar as roupas nas prateleiras e as fotos na parede. E que falta me fizeram as fotos. Chegar a casa e olhar para todos os meus amigos e familiares mais próximos faz-me bem, parece que estou acompanhada. Eu sei que é meramente psicológico, mas olhar para as fotos dá-me aquela forcinha, que preciso de ter quando tenho que sair de casa, e o conforto quando volto. 

 

E já só faltam 1 mês e 25 dias para ir ter com todos para tirar mais fotos!!! 

 

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O que me faltava mesmo era uma praga

Rita, 19.10.16
Estes últimos dias tem sido repletos de animação, é que não me tem faltado nada. Desta vez, Berlim não quer mesmo que eu tenha dias debaixo da manta, de papo para o ar. É incêndios, é idas ao hospital, é parasitas... Isto é que tem sido sorte grande.

Desde a semana passada que me tem vindo a aparecer umas borbulhinhas nas mãos e pés. Cabrita como sou, decidi ignorar. Borbulhas, quem não as tem? Achei por bem parar de ignorar quando me apareceu a primeira na cara, e quando já não aguentava a comichão.

Devido a experiências passadas, a minha relutância de ir ter com qualquer tipo de alemão era assim gigante. Mas tenho de dar a mão à palmatória: foram todos impecáveis. Desde a farmacêutica que se esforçou imenso para entender o meu alemão e me aconselhou a ir ao médico, de forma a ter o tratamento adequado, à enfermeira de triagem que me disse que ia ficar tudo bem e até me chamou "docinho", acabando no médico que em três tempos me despachou, indicou logo a farmácia mais perto e tudo!
 
Infelizmente o diagnóstico foi: bed bugs (percevejos da cama). São uns bichinhos pequeninos que se multiplicam muito rapidamente e comem resíduos de pele. Ainda não vi nenhum no meu apartamento, mas as borbulhas pelo corpo provam que eles existem. Para a desparasitação funcionar, eu tive que lavar a minha roupa TODA a 60 graus, e a roupa que não pode ser lavada a essas temperaturas, teve que ser congelada. Mas começo a pensar, e mais paranóica fico: eu vou ter sempre roupa vestida, portanto como é que eu tenho a certeza que me livro de todos os bichos/ovos/nojices? E a roupa lavada, mesmo dentro de um saco de plástico "fechado", volta para aquele quarto. Como é que eu sei que está livre de bichos?

Admito que estou um bocadinho farta. Olhar para o meu apartamento e ver os móveis no meio, roupa e sapatos tudo em sacos de plástico fechados, é de deprimir uma pessoa. Afinal, estando aqui há duas semanas, já deveria era estar mais que instalada. Também me deprime saber que não posso ir para outro quarto, porque a probabilidade de levar bichinhos comigo é grande. Parece um bocado um ciclo sem fim, mas esperemos que a desparasitação ajude, e que, daqui a uma semana, isso seja só uma historia (pouco) engraçada para contar mais tarde.

Querido, não encolhi a roupa!

Rita, 12.10.16

Já lavei roupa. Não encolheu, mudou de cor ou desapareceu. Mas não levou detergente porque, com tanta concentração de acertar com o programa, me esqueci dessa pequena parte fundamental. Não há espiga, aquela máquina já deve ter engolido tanto detergente que a minha roupa veio toda cheirosa.Verdade seja dita, hoje foi a primeira ida à casa das máquinas, e também não me aventurei muito. Olhei para a máquina de secar, a máquina do diabo, mas não tive coragem de a usar. Um dia mais tarde, quando não tiver medo que o meu pijama vire roupinha de Nenuco, experimento.

Já me tinha esquecido de quão cansativo é viver sozinho. Não há ninguém para limpar, varrer, lavar as coisinhas, somos só nós. Mãe, pai, avós, família e amigos em geral (que todas as mãos são boas), venham que estão perdoados!

ERASMUS que é ERASMUS

Rita, 09.10.16

... vai a uma festa a uma Quinta, sabendo que trabalha a uma Sexta. Já conheci 5 raparigas que estão em Berlim em ERASMUS. Uma está a trabalhar no hospital, tal como eu. As outras 4 são estudantes da Universidade Humbold e só começam as (poucas) aulas dia 17 de Outubro. Nota-se ligeiramente a diferença de tempo livre - elas a acordar todos os dias às 12h, eu e a Andreia a acordar Às 8h30 - , mas fêta é fêta e lá fomos nós. A festa foi numa discoteca espectacular, num rooftop com vista para a AlexanderPlatz. Só pela vista valeu o frio que rapámos e a chuva que apanhámos à vinda para casa. 

 

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 A típica foto cheia de qualidade no espelho da casa de banho.

 

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A vista da discoteca.

 

Quando cheguei ao hospital Sexta-Feira, extremamente ensonada, temi o pior. Mas aconteceu o melhor! O chefe não veio portanto foi dia santo na loja. Até nem fomos almoçar à cantina e demorámos mais de 30 minutos no processo (coisa muuuuuuito rara no DHZB). Entretanto, também já tenho o meu cartão oficial, que não serve para absolutamente nada, mas é mesmo giro:

 

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Sábado foi dia de dormir, lavar o apartamento de cima a baixo e de comer panquecas com as meninas. A croata é cá das minhas, que só come chocolate e que acredita que tudo fica melhor com chocolate. Fez umas panquecas fit (de aveia e que tais) e depois mergulhou-as em Nutella. Mas continuam a ser fit, ninguém nos tira isso!

 

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Esta vida de ERASMUS cansa, especialmente porque tenho que estar cedo no hospital todos os dias da semana. Mas vale muito a pena, porque já me apresentou 5 raparigas fantásticas que estão cá para o que for preciso! E quando se está sozinho numa cidade, precisamos muito destas pessoas. 

 

Tag der Deutschen Einheit

Rita, 05.10.16

Tag der Deutschen Einheit é o feriado que celebra a reunificação da Alemanha, e é celebrado a 3 de Outubro. Há uma grande feira, imensa comida e (claro) muita cerveja. Tive a oportunidade de ir com as minhas amigas de ERASMUS e comemos toda a famosa Curry Wurst e bebemos uma Berliner Kindl (cerveja típica de Berlim). Também descobrimos que os alemães acabam cedo até as festas de feriado. Eram 19:30 e já estava tudo a fechar as barracas. Bem, verdade seja dita que, agora são 21h e eu já estou enfiada na cama de pijama vestido. Os hábitos alemães pegam-se mesmo. 

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(Finalmente) Turistando #12

Rita, 02.10.16

Finalmente consegui ir passear, sem ter que preocupar com compras, limpezas ou burocracias alemãs! Fui com a Andreia até à Alexanderplatz e subimos a Under Den Liden até às portas. Nas portas encontrámos uma feira gigante, cheia de barracas de comida e artesanato típicos, tudo preparado para o Dia Nacional da Alemanha (que é oficialmente celebrado dia 3 de Outubro). Não ficámos muito tempo porque não fomos a contar encontrar a feira e estava de chuva, mas já decidimos que Segunda também vamos celebrar e lá vamos à feira, prontas para comer o puré de batata frito (ou lá o que seja aquilo) e beber cerveja quente! Hoje é dia de dar um saltinho ao Oktoberfest (a versão mini em Berlim, nada comparativamente ao festival de Munique) com umas raparigas de ERASMUS.

Tshuss!

 

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