Os avós
Hoje acordei com uma saudade estúpida dos avós. Não só dos quatro de verdade, mas também dos emprestados. Muitas muitas saudades. Dos que ainda cá estão, mas especialmente dos que já foram espreitar o outro lado. Dos que não posso esperar um beijinho de aniversário ou um abraço nos dias de Natal. É o avô Zé, o avô Manel, o tio Zé e a tia Ducha. São esses que olham por mim e que, de certezinha, já me safaram de algumas. E também se fartam de rir com outras. Há dias assim, em que acordamos e que as saudades mal nos deixam sair de casa. Porque podia ser que eles aparecessem, tocassem à campainha e quisessem um bocadinho de conversa. Também há muitas saudadinhas das avós que cá estão. Daquelas que felizmente ainda podem estar comigo, alimentar com coisinhas que só elas sabem fazer e dizerem sempre "olha que não estás gorda, estás bem!" (obrigada!!!!). Aquele interesse interminável pelos meus assuntos, aquele olhar experiente do "vais ver que corre tudo bem", o "só estudas, filha", o "queres ir comprar um docinho?", é disso tudo que tenho saudades. É isso tudo que, apesar de me estar a atrasar para o hospital, me vai fazer sair de casa. Porque está quase na hora de ir ter com as avós.
Um grande beijinho à avó Antónia, à avó Celeste, à avó(tia) Zé e à avó Luísa.