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A Casa da Cabrita

A saga da (recente) maternidade, da (não tão recente) emigração, de uma relação intercultural e do caos que é viver entre Portugal e a Alemanha.

A Casa da Cabrita

A saga da (recente) maternidade, da (não tão recente) emigração, de uma relação intercultural e do caos que é viver entre Portugal e a Alemanha.

Pais em Berlim: Mãe 1-0 Pai

Rita, 26.02.17

Os meus pais chegaram ontem a Berlim. O voo deles chegou adiantado e eu já ia atrasada. Como tal, ao avistar um casal a vir na minha direcção perto do terminal deles, levantei os braços e gritei "HEY, BEM VINDOS A BERLIM". Não eram eles, mas espero que o tal casal se tenha sentido muito bem recebido. Mas, mesmo fazendo eu esta figura, a minha mãe conseguiu superar todas as expectativas. 

 

Hoje foi dia de irmos ao Maeuer Park para a feira de artesanato. Ou parque de diversões, para a minha mãe. Mas, como bons portugueses, não há compras de tralhas sem a barriga cheia. Tirem-nos os subsídios todos, mas a bucha não. Fomos a uma roulote e pedi 2 chocolates quentes, um para a minha mãe e outro para o meu pai. Não me apetecia muito um chocolate quente porque o meu pensamento já estava a fixar a Nutella com crepe da roulote ao lado. Ao mesmo tempo, um alemão pediu o seu cappucino. O rapaz da roulote fez as 3 bebidas ao mesmo tempo e, ao terminar, dispôs as bebidas no balcão. A minha mãe, a primeira pessoa que disse que queria um chocolate quente, a única pessoa que me ouviu a fazer o pedido e a pessoa que ia pagar os dois chocolates quentes, não vai de medidas, pega no cappucino do alemão e dá um senhor golo. Mas nem ao saborear (com gosto e um quase "ah" de prazer) ela se apercebeu que o sabor era café. Aliás, foi até eu dizer "Mãe..... o que é que estás a fazer?" que ela caiu na real. 

O meu primeiro pensamento foi "Se calhar o alemão não reparou, vamos fugir...", mas, olhando de esguelha para ele, dava para perceber que tinha os olhos vidrados no pescoço da minha mãe. Comecei-me a rir muito, o que não ajudou. O rapaz da roulote foi querido, ofereceu-nos o café. Lá no fundo, o homem alemão também foi querido. Teve a capacidade de controlar a sua veia alemã e ficou calado. Nem piou. Mas se olhar matasse, o meu pai já era viúvo. 

 

Para primeiro dia, não correu muito mal. Ela só roubou um café. Portanto neste momento está Mãe 1-0 Pai. Vamos lá ver como o Paulo responde a este avanço surpreendente da Carmo. 

 

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