German Heart Institute
Este instituto vai ser a minha casa durante os próximos dois meses. E que grande que é. Ainda não consegui chegar e dar logo com o meu edifício (isto é só uma desculpa para eu ir cuscar as redondezas, óbvio). Partilho o gabinete com o João e o Tiago, e hoje "recebi" o meu computador. Nunca tinha trabalhado com duplo ecrã e a chatice vai ser quando eu já não quiser outra coisa. Eu comecei o meu projecto com uma tarefa simples, quase como uma amostra do que vou começar a fazer daqui a duas semanas e que vai constituir a maior parte do meu relatório. Para já (atenção que isto ainda é a fase simples) os programas demoram cerca de 30 minutos a interpretar os dados que forneço, logo nem quero pensar quando passar a ter o triplo dos ficheiros. Mas que é fantástico é. A partir de um exame de Ressonância Magnética consigo obter tantos dados que, espero eu, venham a facilitar a vida de futuros pacientes. O meu projecto incide nas variações de energia cinética e velocidade das partículas do sangue devido a doenças congénitas cardíacas. Uma pessoa com este tipo de doenças vai ter que sofrer várias cirurgias ao coração, e o que queremos tentar prever é em que instante do tempo essas cirurgias devem ocorrer, de forma a que os benefícios sejam os maiores para o paciente.
Já disse que o meu orientador (e o sub também) são espectaculares? Como foram alunos do mesmo curso que eu passamos grande parte do dia a falar sobre o depois do curso (e também a dizer mal da maioria dos profs). Como eu já suspeitava, em Portugal há oportunidades mas nada a comparar com as oportunidades que existem no estrangeiro. Eles dizem que gostavam de voltar para Portugal mas, para já, estão bem onde estão.
A entrada do campus da Universidade de Medicina de Berlin (onde se insere o meu instituto)
A minha secretária
Ando aqui a preparar um post sobre comida, porque claramente é a fonte das cenas mais caricatas que já me aconteceram nestes cinco dias. Fica só uma amostra do que aí vem:
Oi massa carbonara estorricada.