Temos de gritar Amor mais alto
Ontem comentei com o meu namorado o caso do Marega. Partilhei com ele a vergonha e revolta que sinto, não podendo, de todo, tentar compreender a dor e revolta que ele sentiu e sente. Pelos vistos, há uns dias aconteceu algo semelhante na Alemanha. Mas em bom.
No passado Domingo, no jogo entre SC Preußen Münster e Würzburger Kickers, um adepto decidiu fazer sons de macaco quando o jogador Leroy Kwadwo se aproximou da linha lateral. Não só o jogador identificou o animal em questão, como a claque o expulsou do estádio entoando cântigos anti racismo - "Anti-Nazi". Acabou por ser levado pela polícia e preso.
O jogo foi interrompido, as claques de ambas as equipas aplaudiram os jogadores para os relembrar que estavam num sítio seguro e os jogadores confortaram Leroy Kwadwo durante largos minutos, até o jogo recomeçar. Isto era o que deveria ter acontecido em Portugal.
Infelizmente, parece que há racismo em todo o lado. Mas não o devemos aceitar, desculpar, varrer para debaixo do tapete. Culpar os outros. Culpar a vítima. Se assistimos a racismo e não tomamos uma posição, estamos a pactuar com o racismo.
A Alemanha terá sempre a sua história manchada pelo racismo. Mas, neste caso, temos muito a aprender com eles.